Uma pesquisa recente do Sebrae (Sistema Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas) fez um levantamento sobre as informações que os donos de pequenos negócios têm acerca das medidas econômicas de enfrentamento ao coronavírus que foram anunciadas. Os dados revelam que cerca de 60% das pequenas empresas tiveram crédito negado ao buscarem empréstimo para enfrentar a crise.
Além disso, a pesquisa informa que aproximadamente 88% dos empresários tiveram queda no faturamento — com um decréscimo médio de 75%. A situação se agrava quando, na expectativa dos próprios entrevistados, estima-se que essas empresas tenham dinheiro para pagar as contas por apenas mais 23 dias.
O estudo mostrou também que mais de 62% dos entrevistados interrompeu as atividades temporariamente ou definitivamente. Entre os que permaneceram abertos, a maioria passou a funcionar apenas por entregas, ambiente virtual ou com horário reduzido. O índice de demissão ficou em 18% nos últimos 15 dias.
De acordo com o presidente do Sebrae, a pesquisa reforça a importância das medidas anunciadas até agora pelo governo. Nos próximos três meses, a instituição pretende destinar 50% da arrecadação para ampliar o crédito aos pequenos negócios. Segundo ele, um dos grandes obstáculos para o acesso dessas empresas ao crédito é a exigência feita por parte das instituições financeiras quanto à existência de garantias. Para isso, ele apresenta como alternativa o Fampe, o Fundo de Aval para as Micro e Pequenas Empresas, que vai funcionar como um “salvo-conduto” para garantir o acesso desse negócios aos créditos oferecidos.
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