A Secretaria Especial de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia informou que parte das empresas cadastradas no eSocial não informou os dados referentes à admissões e demissões durante os meses de janeiro e fevereiro. Além de ter caráter obrigatório, o não envio das informações implica, também, na imprecisão do monitoramento do mercado de trabalho brasileiro, realizado pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged).
O Ministério da Economia divulgou também que a maioria das subdeclarações, ou seja, os dados não informados, dizem respeito aos desligamentos realizados no período. O impacto disso é a perda de fidelidade no saldo de emprego formal, que poderia apresentar um valor superior ao real se for divulgado. Cerca de 17 mil empresas, o equivalente a 2,6% do total, não informaram as movimentações durante o primeiro bimestre do ano.
A fim de manter a qualidade dos dados do Caged, o Conselho Federal de Contabilidade, em conjunto com o Ministério da Economia, tem entrado em contato com as empresas para que retifiquem e enviem corretamente os dados sobre as demissões no período.
O não preenchimento das informações recebe mais um agravante com o cenário de pandemia causado pela Covid-19. A autorregularização das empresas fica prejudicada em função das recentes alterações na forma de relacionamento do Governo Federal e nos valores de desburocratização, além do novo envio simplificado de informações.
Em função da falta de informações, a divulgação dos dados do Caged para janeiro e fevereiro está suspensa até a atualização completa por parte das empresas.
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