Reforma Tributária: o que muda, principais impactos e como se preparar com o ETR

30 de maio de 2025 às 16:12

A Reforma Tributária, aprovada após décadas de debates, representa a transformação mais profunda no sistema fiscal brasileiro desde a Constituição de 1988. Com a criação de novos tributos como a CBS (Contribuição sobre Bens e Serviços) e o IBS (Imposto sobre Bens e Serviços), o Brasil caminha para um modelo baseado no IVA dual — um sistema mais transparente e alinhado às melhores práticas internacionais.

O novo regime, que entra em vigor de forma gradual entre 2026 e 2033, traz mudanças significativas para empresas de todos os portes e setores. Desde a extinção de tributos como PIS, Cofins, IPI, ICMS e ISS até a redefinição de regimes especiais, o impacto será amplo, afetando desde a precificação até a estruturação contábil, fiscal e operacional das organizações.

Neste contexto de transição e incertezas, o Estudo Tributário da Reforma (ETR) surge como uma ferramenta essencial para que as empresas possam avaliar riscos, identificar oportunidades e estruturar um planejamento tributário alinhado às novas exigências legais. Muito mais do que uma análise técnica, o ETR atua como um guia estratégico para a adaptação inteligente ao novo cenário.

Ao longo deste artigo, você entenderá o que diz a nova reforma, o que muda a partir de 2025, os principais pontos da legislação, além das vantagens, desvantagens e soluções práticas para adaptar seu negócio com segurança e eficiência.

O que diz a nova Reforma Tributária?

Após anos de debates e tentativas fracassadas de modernização, a Reforma Tributária foi finalmente aprovada e sancionada pelo Governo Federal em 2025. O novo modelo representa uma ruptura com o sistema atual, marcado por alta complexidade, sobreposição de tributos e insegurança jurídica. A proposta consolida cinco tributos — PIS, Cofins, IPI, ICMS e ISS — em apenas três novos impostos: a CBS (Contribuição sobre Bens e Serviços), o IBS (Imposto sobre Bens e Serviços) e o IS (Imposto Seletivo).

Essa mudança visa estabelecer um sistema de Imposto sobre Valor Agregado (IVA), adotado em diversos países desenvolvidos, com o objetivo de simplificar, desburocratizar e tornar mais transparente a cobrança de tributos no Brasil.

Nova estrutura: o fim de cinco impostos com a Reforma Tributária

A reforma cria um modelo de IVA dual, composto por dois impostos principais:

  
ImpostoSubstituiCompetênciaEntrada em vigor
CBS (Contribuição sobre Bens e Serviços)PIS, CofinsFederal2026 (implementação geral em 2027)
IBS (Imposto sobre Bens e Serviços)ICMS, ISSEstadual e MunicipalEntrada progressiva de 2026 a 2032
IS (Imposto Seletivo)IPIFederal2027

Além de unificar tributos, a reforma introduz regras de não cumulatividade plena, crédito financeiro, e alíquotas uniformes com exceções específicas. O objetivo é reduzir distorções, garantir isonomia entre setores e estimular a formalização da economia.

Alíquota do novo IVA: o Brasil entre os mais altos do mundo

A soma das alíquotas estimadas de CBS e IBS pode alcançar 26,5% a 28,6%, conforme estimativas do Ministério da Fazenda — o que colocaria o Brasil entre os países com o IVA mais alto do mundo. Apesar disso, há redutores de alíquota de 60% ou 30% para setores como saúde, educação, transporte coletivo, agropecuária e cultura, além de isenções totais para alguns bens e serviços essenciais.

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Vetos presidenciais e ajustes legislativos

Na regulamentação sancionada, o presidente da República aplicou 17 vetos ao texto aprovado pelo Congresso, principalmente por razões constitucionais e técnicas. Entre os artigos vetados estão:

  • Isenções para fundos patrimoniais e de investimento;

  • Redução de alíquotas para certos setores não contemplados;

  • Regimes especiais para locação de imóveis e serviços financeiros.

Esses vetos serão analisados novamente pelo Congresso, podendo ser mantidos ou derrubados, o que ainda pode alterar pontos relevantes do texto.

Nova lógica fiscal e desafios para empresas

A reforma impõe uma lógica fiscal mais alinhada com a realidade econômica das transações, valorizando a transparência e a rastreabilidade tributária. No entanto, sua implementação exige mudanças estruturais nas empresas, como:

  • Atualização de sistemas de gestão (ERP/fiscal);
  • Revisão de cadastros e parametrizações;
  • Análise dos impactos econômicos por produto, serviço e operação;
  • Capacitação das equipes contábil, fiscal e jurídica.

O que muda com a Reforma Tributária em 2025?

A partir de 2025, o Brasil inicia a implementação prática da Reforma Tributária, com os primeiros efeitos sendo sentidos nos bastidores das empresas, governos e sistemas de arrecadação. Embora a entrada plena do novo modelo de tributos ocorra ao longo da transição entre 2026 e 2033, 2025 é o ano-chave para ajustes operacionais, regulamentações complementares e testes com empresas-piloto.

As mudanças envolvem a substituição de impostos, revisão de alíquotas, aplicação de novas regras de crédito tributário e início da adaptação aos mecanismos digitais de controle fiscal.

Fim de tributos atuais e criação de novos impostos

A principal mudança prática é a substituição dos tributos PIS, Cofins, IPI, ICMS e ISS por:

  • CBS (Contribuição sobre Bens e Serviços): de competência federal, substituirá PIS e Cofins com alíquota estimada em 8,8%.
  • IBS (Imposto sobre Bens e Serviços): de competência estadual e municipal, substituirá ICMS e ISS, com aplicação gradual até 2033.
  • IS (Imposto Seletivo): substituirá o IPI e será aplicado sobre produtos prejudiciais à saúde ou ao meio ambiente, como cigarros, bebidas alcoólicas e combustíveis.

Entrada em vigor: o que muda já em 2025 com a Reforma Tributária?

Embora os tributos CBS e IBS comecem a ser cobrados a partir de 2026, o ano de 2025 marca o início das etapas obrigatórias de preparação, incluindo:

  • Regulamentações complementares e normativas da Receita Federal;
  • Criação do Comitê Gestor do IBS e definição de alíquotas de referência;
  • Início do projeto-piloto da CBS com 500 empresas selecionadas para testes de sistemas;
  • Aprovação de leis que disciplinam regimes especiais, cashback e benefícios fiscais.

Ou seja, a estrutura jurídica e operacional da reforma se consolida em 2025, exigindo que as empresas comecem a mapear seus processos e se preparem tecnicamente.

Impacto sobre o modelo de apuração

Com o novo sistema, a apuração dos tributos passa a seguir o modelo de crédito financeiro, ou seja, a empresa poderá utilizar créditos de IBS e CBS gerados na aquisição de bens e serviços para abater valores devidos nas etapas seguintes da cadeia.

Esse modelo exige um controle rigoroso de entradas e saídas, com impactos diretos em:

  • Gestão de fornecedores;
  • Classificação fiscal de produtos e serviços;
  • Parametrização dos sistemas ERP e contábeis.

Setores mais impactados

Alguns setores terão mudanças mais profundas:

  • Comércio e serviços: devem revisar a precificação e o fluxo de caixa, devido ao novo critério de crédito.
  • Saúde e educação: terão direito a alíquotas reduzidas de 60%.
  • Agropecuária e alimentos: diversos itens terão alíquotas reduzidas ou isenções totais.

Imobiliário e financeiro: passarão por regimes específicos e regras mais complexas de apuração.

Exemplo prático: créditos e impactos

Situação atualNovo modelo (2025–2033)
Créditos de PIS/Cofins limitados a insumosCréditos amplos e financeiros de todas as etapas da cadeia
Alíquotas variadas e cumulativasAlíquota única e não cumulativa (exceto casos especiais)
Complexidade por tipo de operaçãoSimplicidade com base no destino e transparência

Ajustes que empresas devem fazer já em 2025

  • Atualização de sistemas para suportar as novas obrigações acessórias (nota fiscal eletrônica unificada, DTE, split payment);
  • Reclassificação de produtos e serviços conforme a nova tabela de alíquotas e benefícios;
  • Avaliação de fornecedores e clientes optantes por regimes como o Simples Nacional;
  • Início de simulações financeiras para projetar o impacto no lucro e na carga tributária.

Importante saber

Mesmo que a CBS e o IBS comecem a ser cobrados em 2026, 2025 é o ano para agir com estratégia. Empresas que se antecipam à reforma ganham vantagem competitiva, evitam passivos fiscais e podem identificar oportunidades de redução de carga tributária. O Estudo Tributário da Reforma (ETR) torna-se uma ferramenta essencial para navegar com segurança nesse novo cenário.

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Quais são os principais pontos da Reforma Tributária?

A Reforma Tributária de 2025 é extensa e multifacetada, trazendo mudanças estruturais no modelo de arrecadação brasileiro. Para facilitar o entendimento, é fundamental destrinchar os principais pilares da nova legislação, que envolvem desde a criação de tributos até regras específicas por setor, novos regimes fiscais e critérios de transição.

Esses pontos centrais moldarão o comportamento fiscal das empresas pelos próximos anos — e conhecer cada um deles com profundidade é o primeiro passo para se adaptar estrategicamente.

Substituição de tributos por CBS, IBS e IS

A reforma institui três novos impostos para substituir cinco tributos antigos:

  • CBS (Contribuição sobre Bens e Serviços): federal, substitui PIS e Cofins.

  • IBS (Imposto sobre Bens e Serviços): estadual e municipal, substitui ICMS e ISS.

  • IS (Imposto Seletivo): federal, substitui o IPI e incide sobre produtos prejudiciais à saúde e ao meio ambiente.

Juntos, esses tributos formam um sistema baseado no modelo IVA dual, onde cada esfera de governo (federal e subnacional) administra sua parcela do imposto, mas com base de cálculo, regras de apuração e obrigações acessórias padronizadas.

Alíquotas: referência, diferenciações e isenções

A alíquota-padrão estimada da soma entre CBS e IBS fica entre 26,5% e 28,6%. No entanto, a legislação prevê alíquotas reduzidas e isenções para diversos setores estratégicos e de interesse social:

Benefício fiscalSetores/Itens beneficiados
Redução de 60%Saúde, educação, transporte coletivo, medicamentos, produtos básicos
Redução de 30%Profissionais liberais (advogados, engenheiros, contadores etc.)
Isenção totalCesta básica nacional, serviços do Prouni, transporte urbano, dispositivos médicos, automóveis PCD

Essa diferenciação visa equilibrar o impacto da carga tributária e garantir acesso a bens e serviços essenciais à população.

Não cumulatividade ampla

Um dos maiores avanços da reforma é a adoção da não cumulatividade plena, com crédito financeiro direto:

  • Toda aquisição de bens e serviços usados na atividade empresarial gera crédito;
  • Créditos são permitidos mesmo para itens imobilizados;
  • Restrição a créditos apenas para uso pessoal ou operações imunes/isentas.

Essa mudança representa um ganho de previsibilidade e eficiência na apuração tributária.

Regimes específicos e setoriais

Alguns setores terão tratamento diferenciado por sua natureza econômica ou social:

  • Regime monofásico: combustíveis e energia elétrica;
  • Regime especial: serviços financeiros, imóveis, saúde, eventos e aviação regional;
  • Simples Nacional: mantido, mas com adaptações quanto ao aproveitamento de créditos e incidência do novo IVA.

Além disso, produtores rurais, cooperativas, missões diplomáticas e SAFs (Sociedades Anônimas do Futebol) também terão regimes específicos a serem detalhados por leis complementares.

Fundo de Desenvolvimento Regional e compensação fiscal com a Reforma Tributária

A reforma institui mecanismos para equilibrar os efeitos econômicos entre estados e regiões:

  • Fundo de Desenvolvimento Regional (FDR): investimentos para reduzir desigualdades regionais, com orçamento que alcançará R$ 60 bilhões por ano até 2043.
  • Fundo de Compensação de Benefícios Fiscais: compensará as perdas com benefícios concedidos entre 2023 e 2032, com aporte total de R$ 160 bilhões.

Esses fundos são essenciais para viabilizar o pacto federativo e garantir que estados e municípios mantenham sua capacidade de investimento.

Imposto Seletivo e sustentabilidade

O IS incidirá sobre produtos nocivos à saúde e ao meio ambiente, com alíquotas definidas por decreto:

  • Bebidas alcoólicas, cigarros e veículos altamente poluentes;
  • Bens minerais extraídos;
  • Isenção para exportações, preservando competitividade internacional.

O imposto busca desestimular o consumo de produtos prejudiciais e fomentar a sustentabilidade fiscal e ambiental.

Complexidade que tem solução

A complexidade dos pontos centrais da Reforma Tributária exige atenção total por parte das empresas. A partir da definição de novas alíquotas e regimes até a adoção de créditos e compliance digital, todos os aspectos fiscais precisarão ser revistos. O domínio técnico e a antecipação estratégica serão os grandes diferenciais competitivos na nova era tributária brasileira. O Estudo Tributário da Reforma (ETR) é a ferramenta indicada para conduzir esse processo com segurança e visão de futuro.

Quais as vantagens e desvantagens da Reforma Tributária?

A Reforma Tributária brasileira, sancionada em 2025, representa uma das mudanças mais relevantes no ambiente regulatório e fiscal do país. O novo modelo, baseado em um sistema de Imposto sobre Valor Agregado (IVA dual), visa simplificar a estrutura de arrecadação e melhorar a previsibilidade tributária. No entanto, como toda transformação de grande porte, ela apresenta vantagens importantes, mas também riscos e desafios que precisam ser analisados com atenção.

Conhecer os prós e contras da reforma é fundamental para que empresas, profissionais e investidores possam tomar decisões estratégicas e se antecipar às mudanças que serão implementadas gradualmente até 2033.

Vantagens da Reforma Tributária

1. Simplificação do sistema tributário
A unificação de cinco tributos (PIS, Cofins, IPI, ICMS e ISS) em apenas três novos impostos (CBS, IBS e IS) elimina sobreposições, reduz a burocracia e facilita o cumprimento de obrigações fiscais. A expectativa é de uma redução significativa nas horas gastas pelas empresas com obrigações acessórias, hoje superiores a 1.500 horas anuais, segundo o Banco Mundial.

2. Transparência e neutralidade
A adoção do modelo IVA melhora a rastreabilidade fiscal e torna a tributação mais transparente, favorecendo a justiça fiscal. Como o imposto é cobrado apenas sobre o valor agregado e permite crédito nas etapas anteriores da cadeia, há menos distorções e menor risco de bitributação.

3. Estímulo à formalização da economia
Com regras claras e simplificadas, a reforma cria um ambiente mais favorável para que empresas saiam da informalidade. A transparência da cadeia reduz incentivos à sonegação e estimula o comportamento regular.

4. Redução de custos administrativos a longo prazo
Com a padronização de alíquotas e obrigações, empresas tendem a reduzir os gastos com compliance tributário, softwares fiscais, consultorias e auditorias.

5. Criação de fundos compensatórios e regionais
O Fundo de Desenvolvimento Regional e o Fundo de Compensação de Benefícios Fiscais oferecem suporte financeiro para equilibrar os impactos da reforma entre regiões e setores. Isso garante uma transição mais equilibrada e menos traumática.

Desvantagens e riscos da Reforma Tributária

1. Possível aumento da carga tributária
A alíquota combinada de CBS e IBS poderá alcançar até 28,6%, uma das mais altas do mundo. Isso preocupa setores intensivos em mão de obra e de margem estreita, que temem impactos no custo final dos produtos e serviços.

2. Perda de incentivos e benefícios fiscais
Com a padronização das regras, diversos benefícios concedidos a empresas e setores ao longo das últimas décadas deixarão de existir ou serão reduzidos, impactando a competitividade regional e setorial.

3. Riscos na transição
A convivência de sistemas antigos e novos entre 2026 e 2033 exigirá dupla apuração, adaptações constantes e maior rigor no controle contábil. Isso pode elevar custos operacionais no curto prazo e aumentar o risco de erros e autuações.

4. Impacto desigual entre setores
Enquanto setores como agropecuária, saúde e educação contarão com alíquotas reduzidas, outros — como comércio, serviços e construção civil — poderão enfrentar aumento de carga efetiva.

5. Necessidade de adequação tecnológica e cultural
As empresas precisarão atualizar sistemas, treinar equipes e rever toda a sua estrutura tributária e contábil. Negócios menos preparados correm o risco de não acompanhar a velocidade da mudança.

Comparativo: principais prós e contras

VantagensDesvantagens
Simplificação tributáriaAumento potencial de carga
Mais transparênciaFim de benefícios fiscais
Estímulo à formalizaçãoImpacto setorial desigual
Redução de custos administrativosCusto de transição elevado
Fundos regionais de compensaçãoComplexidade na adaptação tecnológica

Como o Estudo Tributário da Reforma, do Dr. Fiscal, pode ajudar na adaptação?

A complexidade da Reforma Tributária exige muito mais do que entendimento superficial das novas normas. Trata-se de uma mudança estrutural que impacta diretamente a forma como as empresas operam, precificam, apuram impostos e se relacionam com clientes e fornecedores. Nesse contexto, o Estudo Tributário da Reforma (ETR) torna-se uma ferramenta indispensável para garantir uma transição segura e estratégica.

Mais do que um diagnóstico técnico, o ETR é um mapeamento completo e personalizado das operações da empresa, com foco em identificar os impactos fiscais reais da reforma e orientar as melhores decisões com base em dados concretos.

Por que o estudo tributário é essencial?

A Reforma afeta diferentes empresas de maneiras distintas, dependendo do seu regime tributário, setor de atuação, estrutura operacional e localização geográfica. Sem uma análise individualizada, há risco de:

  • Subestimar aumentos de carga tributária;
  • Perder oportunidades de crédito fiscal;
  • Não se adequar a tempo às novas obrigações;
  • Enfrentar inconsistências nos sistemas contábeis e fiscais.

O Estudo Tributário da Reforma permite antever esses riscos e tomar medidas preventivas.

Principais entregas do Estudo Tributário da Reforma (ETR)

O ETR se estrutura em etapas estratégicas, conforme apresentado pelos especialistas da Dr. Fiscal:

1. Parametrização de itens de entrada e saída
Classificação fiscal dos produtos e serviços conforme as novas regras de CBS e IBS.

2. Simulação de cenários tributários
Comparativo entre a situação atual e os impactos financeiros futuros com base nas alíquotas estimadas e regimes específicos.

3. Avaliação do melhor regime tributário
Estudo comparativo entre Lucro Real, Lucro Presumido e Simples Nacional sob a ótica da nova legislação, para os anos de 2027 e 2033.

4. Análise de fornecedores e clientes
Impactos na cadeia de suprimentos, principalmente quando envolvem optantes do Simples Nacional ou regimes especiais.

5. Planejamento tributário proativo
Reestruturação de operações e contratos visando maximizar créditos e reduzir passivos.

6. Adequação tecnológica
Análise de sistemas e processos para garantir conformidade com as novas exigências fiscais e digitais, como split payment e DTE.

7. Treinamento e capacitação interna
Workshops e orientações para equipes contábil, fiscal e de TI, promovendo a cultura da conformidade tributária.

Benefícios concretos do ETR para sua empresa

BenefícioImpacto Direto
Decisões estratégicas com base em dadosRedução de riscos e aumento da previsibilidade
Planejamento fiscal estruturadoEconomia tributária e mais competitividade
Adequação tecnológicaConformidade com exigências legais
Treinamento do timeRedução de erros e mais eficiência operacional
Simulação de cenáriosAntecipação de impactos e ajustes de rota

Quem mais precisa do ETR?

Embora recomendado para todos os negócios, o ETR é ainda mais essencial para empresas:

  • Com operações interestaduais ou multisserviços;
  • Que trabalham com diferentes regimes de tributação;
  • Inseridas em setores com mudanças profundas (serviços, saúde, varejo, construção, etc.);
  • Que possuem margens apertadas e sensibilidade a variações fiscais.

A Reforma Tributária é inevitável, mas os seus efeitos podem ser suavizados — ou até transformados em oportunidades — quando as empresas se preparam de forma estratégica. O Estudo Tributário da Reforma não é apenas uma análise, mas um plano de ação concreto para que sua empresa mantenha a competitividade, evite surpresas e transforme as mudanças em vantagem. Adaptar-se começa com informação, planejamento e decisão.

Quais empresas devem se preocupar desde já com a Reforma?

Embora a Reforma Tributária afete o ambiente de negócios como um todo, seus impactos não serão distribuídos de maneira uniforme. Empresas de diferentes portes, setores e modelos operacionais sofrerão variações significativas em sua carga tributária, estrutura contábil e obrigações acessórias. Por isso, é fundamental identificar quais tipos de empresas devem iniciar imediatamente sua adaptação — especialmente aquelas mais expostas a riscos ou oportunidades no novo regime.

O alerta é claro: quanto maior a complexidade operacional ou a exposição a regimes especiais, maior a urgência para agir.

Critérios que indicam urgência na adaptação

As empresas que devem se antecipar são aquelas que:

  • Operam em múltiplos estados e municípios (impacto direto na substituição do ICMS e ISS pelo IBS);
  • Atuam em setores com alíquotas diferenciadas, regimes específicos ou perda de benefícios fiscais;
  • Estão fora do Simples Nacional e, portanto, sujeitas ao novo modelo de crédito financeiro (não cumulatividade plena);
  • Têm grande volume de operações e transações complexas, exigindo adequação de sistemas, cadastros e parametrizações;
  • Dependem de incentivos regionais, como Zonas Francas ou programas estaduais;
  • São prestadoras de serviços com alta carga de folha e pouco crédito de insumo, como saúde, educação, tecnologia e consultoria.

Setores mais impactados

Alguns segmentos terão que reavaliar sua estrutura tributária com mais urgência. Veja os principais:

SetorMotivo de atenção
Comércio varejistaMudança na sistemática de crédito, split payment e precificação
Serviços (educação, saúde, tecnologia, advocacia)Possível aumento de carga efetiva e ajustes nos regimes especiais
IndústriaRevisão da cadeia de suprimentos e impactos no custo final
Construção civilExclusão de regimes favorecidos e reavaliação de materiais e contratos
AgronegócioAjustes nos créditos de insumos e nas operações interestaduais
TransportesAlíquotas diferenciadas e novos regimes para transporte coletivo e cargas

Micro e pequenas empresas também devem se atentar

Embora o Simples Nacional seja mantido, ele também sofrerá adaptações. As empresas optantes poderão:

  • Ter reduzido aproveitamento de créditos por parte de seus clientes;
  • Perder vantagens competitivas em relação ao regime normal, obretudo em cadeias produtivas com muitos elos;
  • Precisar revisar sua viabilidade econômica dentro do Simples, caso o novo sistema traga perdas indiretas.

Além disso, o critério de “pessoa física contribuinte do IVA” foi ampliado: quem vender mais de três imóveis ao ano ou alugar múltiplos imóveis com receita acima de R$ 240 mil/ano poderá ser considerado contribuinte, o que inclui microempreendedores e profissionais autônomos.

Exemplos de situações críticas

1. Prestadora de serviços de TI em regime de lucro presumido
Alta carga tributária sobre receita bruta e baixa geração de créditos. Com o novo modelo, pode haver aumento de carga e necessidade de repassar custos ao cliente.

2. Comércio com operação interestadual e filiais
Terá que adaptar seus sistemas ao split payment, recalcular preço com nova alíquota de IVA e rever estratégias logísticas e fiscais.

3. Indústria com incentivos regionais (ZFM, Fomentos estaduais)
Possivelmente perderá parte dos benefícios. O planejamento estratégico será essencial para evitar queda de margem e problemas de competitividade.

O papel da consultoria tributária na transição da Reforma

A transição para o novo sistema tributário brasileiro, estabelecido pela Reforma de 2025, não é uma simples mudança legislativa — é uma transformação estrutural com impactos profundos na rotina fiscal, contábil e estratégica das empresas. Nesse contexto, contar com uma consultoria tributária especializada não é apenas recomendável — é essencial para garantir conformidade, evitar passivos e identificar oportunidades que podem resultar em ganhos financeiros e operacionais.

A consultoria tributária atua como parceira estratégica durante todo o processo de adaptação, oferecendo conhecimento técnico, ferramentas analíticas e suporte para decisões empresariais assertivas.

Por que uma consultoria faz a diferença?

A complexidade da Reforma exige domínio técnico de diversas frentes:

  • Leis complementares, vetos e regulamentações federais, estaduais e municipais;
  • Modelagem de diferentes cenários tributários;
  • Análise jurídica e fiscal de regimes especiais;
  • Revisão de processos internos e sistemas;
  • Apoio na interlocução com contadores, advogados e gestores.

A consultoria possui uma visão integrada de todos esses aspectos, o que permite entregar soluções personalizadas, orientadas por dados e alinhadas com o perfil da empresa.

Atividades-chave da consultoria tributária na transição

1. Diagnóstico fiscal completo
Mapeamento das operações e apuração dos tributos vigentes versus projeções no novo regime (CBS, IBS, IS). Isso inclui avaliação por produto, serviço, região e canal de venda.

2. Simulações de cenários com diferentes alíquotas e regimes
Análise do impacto financeiro entre Lucro Real, Presumido e Simples Nacional, considerando a estrutura e cadeia da empresa.

3. Planejamento tributário proativo
Estratégias para reorganização de contratos, reorganização societária e aproveitamento de créditos antes da vigência plena do novo modelo.

4. Treinamento e capacitação de equipes
Atualização técnica para as áreas fiscal, contábil, jurídica e de TI, promovendo a cultura do compliance fiscal na organização.

5. Acompanhamento da implementação dos sistemas e novas obrigações acessórias
Auxílio na parametrização de ERP, emissão de documentos fiscais, integração com o sistema DTE e aplicação do split payment.

Benefícios da consultoria especializada com a Reforma Tributária

BenefícioResultados esperados
Redução de riscos fiscaisEvita autuações, multas e passivos ocultos
Aumento da eficiência operacionalProcessos mais ágeis e integrados
Economia tributáriaOtimização de carga com base em simulações e escolhas técnicas
Tomada de decisão estratégicaUso de dados reais e projeções confiáveis
Conformidade e transparênciaAderência total às novas exigências legais

O papel da consultoria vai além do técnico

Mais do que números e análises, a consultoria ajuda a desmistificar o impacto da reforma no negócio. Isso significa:

  • Explicar as mudanças com clareza para todos os níveis da empresa;
  • Apoiar a comunicação com stakeholders, investidores e parceiros;
  • Propor medidas realistas para reduzir impactos e gerar valor.

Além disso, consultorias que oferecem soluções como o Estudo Tributário da Reforma (ETR) trazem metodologias específicas para o momento atual, com entregáveis estruturados, relatórios comparativos, dashboards financeiros e planos de ação contínuos.

Quando as mudanças entram em vigor? Cronograma da Reforma Tributária

A implementação da Reforma Tributária foi planejada em fases, com transição gradual entre os sistemas atual e novo. Essa estratégia visa permitir que empresas, governos e contribuintes tenham tempo para se adaptar, realizar ajustes tecnológicos, compreender as novas regras e minimizar impactos negativos. No entanto, esse período de convivência entre os dois modelos fiscais também impõe desafios de gestão e apuração.

Conhecer o cronograma oficial da Reforma Tributária é essencial para programar mudanças internas, adotar novas práticas fiscais e garantir o cumprimento das obrigações no tempo correto.

Linha do tempo da implementação

A seguir, o cronograma oficial da reforma conforme aprovado e regulamentado até o momento:

AnoEvento/etapa
2025Regulamentações complementares, testes com empresas-piloto da CBS, definição de alíquotas de referência e estrutura do Comitê Gestor do IBS.
2026Início da cobrança da CBS em regime de teste. IBS entra em fase opcional. Implantação do Imposto Seletivo (IS) sobre produtos nocivos à saúde e ao meio ambiente.
2027Implementação plena da CBS em todo o território nacional. IBS começa sua aplicação gradual.
2029 a 2032Período de convivência entre o modelo antigo e o novo, com redução progressiva de ICMS e ISS e aumento proporcional do IBS.
2033Extinção definitiva de PIS, Cofins, IPI, ICMS e ISS. O novo sistema tributário entra em vigor de forma plena e exclusiva.
Até 2078Transição federativa na partilha de receitas entre origem e destino dos tributos, garantindo equilíbrio entre estados e municípios.

Período de transição: o que esperar?

Durante o período de 2026 a 2032, empresas precisarão lidar com a dupla apuração de tributos, ou seja:

  • Cumprir as obrigações acessórias dos impostos atuais;
  • Adaptar sistemas e processos ao novo modelo (CBS, IBS e IS);
  • Realizar conciliações, apurações e registros conforme dois modelos distintos;
  • Analisar e comparar cargas tributárias entre regimes.

Esse é o momento mais crítico para a área fiscal e contábil, exigindo alto nível de organização, controle e apoio especializado.

Principais exigências durante a transição Reforma Tributária

  • Split payment: cobrança automática do tributo no ato do pagamento em determinadas operações.
  • Nota fiscal eletrônica padronizada: com campos específicos para CBS, IBS e IS.
  • DTE (Domicílio Tributário Eletrônico): canal obrigatório de comunicação com o fisco.
  • Sistemas ERP atualizados: com parametrizações alinhadas aos novos tributos.

Riscos de não acompanhar o cronograma da Reforma Tributária

Empresas que não acompanharem o cronograma ou deixarem para a última hora enfrentarão sérios riscos:

  • Multas por descumprimento de obrigações acessórias;
  • Perda de créditos fiscais por erros de apuração;
  • Descompasso entre as áreas contábil, fiscal e financeira;
  • Atraso na adequação de sistemas e treinamento das equipes.

Por isso, o ideal é que o planejamento interno comece em 2025, com a realização de um Estudo Tributário da Reforma (ETR) para mapear impactos e estabelecer um plano de transição estruturado.

Prepare sua empresa para a nova era fiscal

Se adaptar à Reforma Tributária não é uma opção — é uma necessidade. Empresas que deixarem para agir depois correm o risco de enfrentar perdas financeiras, erros operacionais e passivos fiscais.

Já aquelas que investirem em conhecimento, ferramentas como o ETR e consultoria especializada terão muito mais do que conformidade: terão protagonismo no novo cenário tributário brasileiro.

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Escrito por
Anderson Mello

Jornalista e produtor de conteúdo no Tax Group, registrado sob o MTb 0018949/RS. Bacharel em Jornalismo pela UniRitter e pós-graduado em Marketing, Branding e Growth pela PUCRS. Atua como copywriter, com especialização em temas econômicos.

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