Criadas em abril deste ano, através da Lei Complementar 167/2019, as Empresas Simples de Crédito (ESC) constituem uma das mais novas modalidades empresariais do Brasil. Elas têm por objetivo ofertar às micro e pequenas empresas mais alternativas para a obtenção de crédito.
Segundo dados apresentados ontem (23/09), no Portal do Sebrae, desde a sua instituição até agora — período de apenas cinco meses — mais de 350 empresas já foram criadas nessa nova categoria. O indicador supera as expectativas, que previam apenas cerca de 300 negócios sendo criados nessa modalidade até o fim do ano. Em número exato, são 353 ESCs ativas atualmente no país, numa média de duas a cada dia.
Agora, a nova meta é alcançar o marco de mil empresas até 2020. A estimativa é que cerca de R$ 20 bilhões sejam injetados, por ano, nos pequenos negócios, e, consequentemente, na economia nacional.
O Estado de São Paulo, berço da primeira Empresa Simples de Crédito, lidera o ranking nacional, contando com 121 empresas operando nesta modalidade. Ele é seguido pelo Paraná, que contabiliza 28 ESCs; Minas Gerais, com 26; Santa Catarina, com 25; e Rio Grande do Sul, com 23. Apenas os estados de Rondônia e Acre ainda não possuem nenhuma empresa registrada na nova categoria.
De acordo com o balanço apresentado pelo Sebrae, a soma total do capital desses negócios é de R$ 168 milhões. O menor deles é de R$ 4 mil; e o maior, 10 milhões.
As Empresas Simples de Crédito representam uma grande conquista para os micro e pequenos empreendedores, que agora podem ter acesso à crédito para investimento de forma mais simples e muito menos burocrática. Através da iniciativa, o empreendedorismo é incentivado e a economia local é beneficiada, gerando mais circulação de recursos e desenvolvimento profissional, o que, por sua vez, contribui para a diminuição da informalidade.
