Pela primeira vez desde a criação da categoria em 2009, o número de microempreendedores individuais (MEI) no Brasil ultrapassou a marca de 10 milhões de registros. Como comparação, apenas em abril de 2020, 98 mil novos brasileiros optaram por essa modalidade de atuação — durante todo o ano de 2019, foram 586 mil novos registros na categoria.
De acordo com os dados apresentados pelo Portal do Empreendedor, o número total de registros atingiu 10,016 milhões na última sexta-feira, 25 de abril. Os dados chamam a atenção pelo crescimento mesmo durante a pandemia do novo coronavírus.
O MEI, por ser uma opção simplificada de regime de tributação, acaba sendo atrativo para uma série de trabalhadores que, na sua maioria, viviam na informalidade. A possibilidade de ter CNPJ, emitir notas fiscais e ter direitos e benefícios previdenciários também são atrativos.
Segundo o IBGE, estima-se que, em fevereiro deste ano, haviam aproximadamente 38 milhões de trabalhadores informais no Brasil; nesse cenário, a figura do MEI também se transformou. Com a crise econômica que se instalou no país após o início da pandemia, muitos profissionais enxergaram na categoria uma forma de sobrevivência, prestando serviços como pessoa jurídica a custos baixos.
Ainda, de acordo com o Sebrae, Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas, cerca de 36% dos MEIS terão direito ao auxílio emergencial disponibilizado pelo Governo Federal. Aproximadamente 3,6 milhões de trabalhadores se encaixam nos critérios estabelecidos.
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